sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Inicio em detalhes (Parte 1)

Em fevereiro de 2002, minha avó fez uma cirurgia oftálmica...e eu e minha mãe fomos passar um tempo na casa dela para cuidar direitinho da sua recuperação. Um belo dia eu acordo e vou me olhar no espelho e a pupila do olho direito estava do tamanho da íris, em outras palavras a bolinha preta estava do tamanho da bola verde dos meus olhos...eu tinha visão embaçada e dor em forma de facadas na cabeça. Fui ao médico eles achavam que eu tinha me drogado me encheram de perguntas sem minha mãe ouvir e depois de se convencerem que eu não tinha usado drogas me fizeram uma tomografia e um "maravilhoso" exame de liquor, como não houve alteração em nenhum dos dois exames me mandaram para casa, e depois disso a pupila voltou ao tamanho normal.
Passaram-se dois dias e eu estava em plena marginal tietê com meu pai e começo a sentir a mesma dor em forma de facadas atrás do globo ocular esquerdo e quando olho no espelho, susto, a pupila do olho esquerdo estava do tamanho da íris...assim como no olho direito. Voltei ao mesmo hospital e lá eles não sabiam muito o que fazer, já que os exames anteriores não tinham dado em nada. Me solicitaram uma angio-ressonância que não deu em nada. Somente dor, angústia e desespero sobre o que estava acontecendo com meu corpo.
Depois desse episódio mais nada aconteceu, do mesmo jeito que os sintomas vieram eles se foram... 
E então eu tive um longo intervalo de paz e tranquilidade...reparando bem os sintomas só apareciam em momentos de maior stress...
Em meados de 2006 eu comecei a sentir dor na mandíbula do lado direito, o que os médicos sugeriram ser bruxismo apesar de todas as minhas queixas e meu sintoma curioso de enxergar duplo. Minha mãe teimava em dizer que não era bruxismo e que não tinha nada a ver com isso, eu sentia falta de força ao mastigar então comia coisas mais fáceis de morder... Após um longo e doloroso tratamento para bruxismo onde ele mandou eu usar uma placa a noite que mais me fazia doer do que outra coisa, e após várias consultas e minha resistência em usar a placa pois ela me machucava muito, o médico disse que eu era rebelde e que não iria mais me atender... Pobre coitado...
Ainda achando que meu problema não era na articulação mandibular fui a um outro buco-maxilo que após analisar meu sofrimento e saber que aquilo doía muito me recomendou uma infiltração na articulação; Naquela mesma semana, anterior a infiltração, eu estava no mercado e um ex-namorado meu me passou uma garrafa de refrigerante na mão, foi aí que comecei a desconfiar de que algo estava muito errado pois a garrafa escorregou da minha mão, eu não tive força alguma para segurá-la; Além de quebrar todos os vidros do laboratório que eu trabalhava, aquela semana começou a ficar muito esquisita. E então no dia da infiltração o Cirurgião Buco-maxilo, preparou todo o material e antes de começar, algo iluminou a cabeça dele... E ele fez a pergunta que mudou minha vida: - Você está se sentindo bem??? Eu rapidamente respondi, não sei doutor, meu braço direito está estranho, está doendo, tenho falta de força nele e falta de sensibilidade... Foi aí que ele decidiu parar o procedimento e me deu a notícia: - Querida seu problema não é comigo, seu problema é neurológico!!! Você precisa de um neurologista agora.
Aquilo foi assustador...terrível de ouvir...será que as coisas continuariam daquela forma??? Será que poderiam piorar??? Que remédios para dor eu teria que tomar, o que estava acontecendo com meu organismo???