quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Cores verdadeiras escondidas...




E do nada eu me sinto engatinhando novamente. Às vezes a gente acredita que vai casar, que as coisas vão mudar, que a Stiff nunca mais vai doer. Mas não mudam... Eu ainda não sei o que eu e o Fê e minha mãe estamos tendo que aprender com tudo isso. O fato é...
Após 11 dias do meu casamento eu tinha uma eletroneuromiografia para ser feita, o Dr Paulo me recomendou ficar 2 ou 3 dias sem a mínima dose de medicamento que eu estava tomando a muito tempo. Eu fui teimosa e fiquei mais de 20 dias... No exame eu lavei a maca de tanto chorar, tive um espasmo na perna com as agulhas dentro. A dor e a tensão foi absurda. Saí de lá mudada... parecia que estava começando tudo novamente. O diagnóstico era o mesmo porém eu tive piora no quadro... A Stiff voltou com força total ou sei lá o que esteja acompanhando ela. Fazem 2 meses e pouco do dia do exame, os medicamentos mudaram, aumentaram.... Eu durmo o dia todo, sofro com mais dores ainda (eu achava que não podia piorar). Cai 2 vezes de lá pra cá. Não consigo mais andar no shopping, estou escrevendo isso pois acabei de voltar de um e descobri que não dá mais pra mim...
Não sei que Kriptonita colocaram na minha água. Só sei que está muito difícil... Bem mais difícil que no começo. Semana que vem eu volto a fazer ciclos de Imunoglobulina humana. Talvez o que torne isso tão difícil de engolir pra mim... É o fato de eu ter voltado pra trás... Voltei todas as "casas" no tabuleiro. É tão ruim aceitar a derrota! É tão ruim assumir mais do que nunca que eu preciso de ajuda.
Nesse último mês eu vi vários amigos indo a shows que eu gostaria de ir... Aí me peguei pensando se eu aguento o barulho, mesmo que eu fique em um lugar para deficientes.... Será que a Stiff ia me permitir isso? Ela não deixa nem eu ir ao shopping... Tô podre aqui pois andei 300 metros do carro para uma loja e depois para um restaurante.
Não me venham dizer que é inferno astral...
O que mais eu tenho que aprender? Perdi uma batalha mas não perdi a guerra... Quantas vezes me derrubarem eu levanto. Ainda que eu tenha que engolir o orgulho e pedir ajuda. Minhas "cores" verdadeiras estão escondidas...não levem a mal. Anda sendo muito difícil ser Viviane ultimamente.

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